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Homeoprofilaxia: Você sabe o que é?

A Homeopatia, uma terapêutica criada no século XVIII, mesmo com de mais de 300 milhões de usuários pelo mundo, ainda é muito pouco conhecida. Isso acaba por criar certos mitos e preconceitos. O ser humano tem uma tendência de julgar o que não conhece, deixando de ver o quanto a vida poderia ser melhor se buscasse primeiro o conhecimento, para depois o julgamento.

A terapêutica criada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, em 1796, só foi possível, porque ele abandonou a medicina da época, por entender que as práticas utilizadas não cumpriam o real papel da missão que ele assumira: aliviar o sofrimento e curar as pessoas. Foi traduzindo um texto do Dr Cullen, sobre Cinchona officinalis, onde, discordando das opiniões do autor, resolveu fazer uma experimentação nele mesmo. Ao ingerir pequenas dracmas de quinina, Hahnemann acabou por fazer sintomas semelhantes aos da malária, cessando, após suspender o uso. Através da teoria dos “semelhantes”, dava-se início ao legado do “pai da homeopatia”.

A “Lei dos semelhantes” diz que toda substância capaz de provocar determinados sintomas numa pessoa sadia é capaz de curar sintomas semelhantes que se apresentam em uma pessoa doente.

Quando falamos em Homeoprofilaxia, (profilaxia = medida preventiva de saúde, no caso com uso de homeopatia) não estamos falando em vacina, nem tampouco em evitar o contágio. Mas seu uso como preparador do organismo, estimulando a energia vital, responsável por manter nosso organismo em equilíbrio, estimulando nossas funções orgânicas. A homeopatia age como um grande ativador do sistema imunológico, fazendo com que o organismo busque a normalidade, ou seja, a saúde. Nós fomos feitos saudáveis e quando algo desequilibra nossa “balança orgânica”, tendemos ao aparecimento de sintomas e em consequência, o surgimento das doenças. Em resumo, o medicamento homeopático não promove a cura e sim ajuda nosso organismo a realizar este feito, pois ele é capaz de restabelecer a saúde, desde que esteja equilibrado.

Hahnemann teve participação importante em epidemias, onde com sucesso, viu sua técnica fortalecer a saúde e evitar números maiores de mortes. Neste contexto, instituiu o conceito do “gênio epidêmico” (G.E.), onde sua busca passa pelo apanhado de sintomas apresentados com maior incidência na população em análise. Estes sintomas mais comuns são parâmetros para a escolha do medicamento que mais abranja sua totalidade. Atualmente, frente à pandemia do Covid-19, grupos de homeopatas do mundo todo estão trabalhando na busca por este medicamento que aja como G.E. para o coronavírus.

Um país de destaque na prevenção com uso de homeopatia nesta pandemia do Covid-19 é a Índia, onde a homeopatia representa grande parte da terapêutica. O governo indiano promove, desde fevereiro (2020), a distribuição de medicamentos homeopáticos à população, trabalhando a homeoprofilaxia, obtendo resultados expressivos no quesito contágio e também recuperação de enfermos. O tempo em que os casos dobram no país está em cerca de nove dias, bem distante da média global de três dias. Lembrando que a Índia é o segundo país mais populoso do planeta (com 1,39 bilhões), e faz fronteira com a China (1,41 bilhões), epicentro do Covid-19 e de maior população.

Diversos protocolos no mundo estão em fase de implantação e acompanhamento. Aqui no Brasil, profissionais homeopatas ligados a AMHB (Associação Médica Homeopática Brasileira), ABRAH (Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência em Homeopatia), ABFH (Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas), IHGG (Instituto Hahnemanniano George Galvão), entre outros, estão trabalhando fortemente na busca pela melhor alternativa terapêutica. Assim como, também aqui no Brasil, já existem protocolos para dengue, chikungunya e zika vírus.

O gênio epidêmico envolve uma série de fatores, que podem ainda ser influenciados pelo tempo e região de atuação do vírus, sejam ambientais, nutricionais, genéticos, além da possível mutação viral. Esta é, sem dúvida, a maior dificuldade dos homeopatas: chegarem a um consenso de medicamento único.

Os homeopatas aqui no Brasil trabalham com um grupo de cinco a seis medicamentos que atendem aos requisitos de G.E. Por se tratar de uma epidemia que ainda está longe de ser conhecida na sua totalidade de infecção, re-infecção ou ainda, de sequelas, muito estudo ainda precisa ser feito para se chegar ao medicamento único.

Considerando as opções que temos no atual modelo terapêutico, onde a corrida por uma vacina, medicamentos alopáticos e tratamentos diversos tentam ser validados, o uso da Homeoprofilaxia no Covid-19 se constitui importante aliada na saúde das pessoas. A homeopatia pode ser utilizada concomitantemente com qualquer outro tratamento, assim como por qualquer pessoa, de qualquer idade.

Importante salientar que a Homeopatia no Brasil é uma especialidade médica, farmacêutica, veterinária e odontológica, certificada nos seus respectivos conselhos de classe.

Fabiano Suzin Lima - CRF/RS 6796

Farmacêutico Homeopata

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